A Associação Psicodélica do Brasil é uma organização civil, sem fins lucrativos, que atua no campo da Política de Drogas a partir de sua história junto aos movimentos antiproibicionistas e pró redução de riscos e danos no Brasil.
Somos pesquisadores(as), ativistas, usuários(as) e psiconautas com interesse e dedicação aos saberes, práticas de cuidado e políticas que influenciam na experiência do uso de substâncias psicodélicas.
Um pouco da
nossa história
Em 2014, o psicólogo Fernando Beserra e o músico e psicólogo Sandro Rodrigues, que participavam da Frente Estadual de Drogas e Direitos Humanos do Rio de Janeiro e se dedicavam já há alguns anos, de modo independente, a investigar os usos dos psicodélicos na arte, na terapia, na filosofia, religião, lazer, etc, organizaram uma oficina sobre Psicodélicos e Redução de Danos na Casa Nuvem (Lapa – RJ), ocasião em que conheceram o economista Márcio Roberto Oliveira Jr., envolvido pessoalmente com a cultura trance.
Com um primeiro núcleo ganhando forma, foi organizada dois meses depois a primeira versão da Ala Psicodélica na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro (inspirada na de São Paulo), tradição mantida anualmente, assim como o estímulo e apoio à formação de alas psicodélicas nas diversas marchas da maconha pelo país.
Em novembro de 2014, Fernando e Sandro realizaram o 1º Seminário sobre Psicodélicos do Rio de Janeiro. No início de 2015, nasceu a Associação Psicodélica do Brasil - APB.
Nossa
atuação
Atuamos em diversas frentes e, desde 2015, publicamos materiais informativos sobre psicodélicos, redução de danos (RD), usos terapêuticos, cultura e direitos humanos. Em 2016, passamos a integrar a Plataforma Brasileira Política de Drogas (PBPD), rede de entidades, coletivos e especialistas dedicada a promover a reforma da política de drogas.
Atuamos com RD em eventos/festas, através da distribuição de materiais informativos, realização de rodas de conversa, palestras, debates, serviços de testagem de substâncias e acolhimento de pessoas em crises associadas ao uso de substâncias.
Produzimos formação para militância, uso terapêutico, redução de danos e integração de experiências psicodélicas, com minicursos sobre uso terapêutico de psicodélicos, microdose e cultivo de cogumelos, o curso on-line A mente manifesta: aspectos clínicos e políticos do uso de psicodélicos e os grupos de estudos, lives e materiais diversos.
Mantemos também atividades para nossos apoiadores e grupos externos, como grupos de estudos, lives e eventos online através de nossos canais no Youtube e Instagram.
Nossos
objetivos
Desenvolver tecnologias de cuidado em saúde mental através de estudos, debates e pesquisas sobre temas ligados direta ou indiretamente à questão dos psicodélicos, sua história, seus benefícios e riscos potenciais, assim como as experiências, o perfil dos usuários(as) e os cuidados associados a seu uso.
Promover ações de educação e saúde, por meio de cursos, palestras, seminários e práticas integrativas que visam disseminar a informação produzida a partir do cruzamento do conhecimento científico com os saberes tradicionais, ancestrais e de usuários(as).
Provocar o debate público e promover ações políticas em favor da regulamentação dos usos de tais substâncias, em respeito aos direitos humanos em geral e à liberdade cognitiva em particular.
Fomentar redes de compartilhamento de informações e experiências, através da criação de grupos.
Discutir aspectos dos usos e políticas de drogas na atual conjuntura proibicionista, onde o tema ainda é tratado como tabu e cercado de preconceitos, estigmas e desinformação mesmo por parte dos cursos de formação superior na área da saúde.
Nossa
filosofia
Queremos fomentar a ética, a cultura de paz, a cidadania, os direitos humanos, a democracia e a autonomia sobre o próprio corpo e estado de consciência e, para tanto, defendemos uma política de drogas antiproibicionista, pró-regulação e pró-redução de riscos e danos.
Defendemos o direito à gestão autônoma sobre as diversas modalidades de usos de psicodélicos como, usos espirituais, terapêuticos, para estimular a empatia, a criatividade, o prazer, a especulação filosófica e científica e, inclusive, o direito ao não-uso de qualquer tipo de substância, desde que guardados os devidos cuidados para que sejam evitados danos a si e a terceiros.
Nossos
parceiros
O presente site em medida alguma estimula ou apoia práticas ilícitas. Ao contrário, visa fornecer informações e oferecer uma rede de cuidado, apoio e referência, tanto para reduzir riscos e danos provocados pelo consumo descontrolado de substâncias que se encontram não-regulamentadas no contexto proibicionista, quanto para pensar políticas de saúde que respeitem a autonomia e os direitos humanos.